– – the best way to predict the future is to create it – –

A alteração de prioridades transversal a todos os setores da sociedade veio refinar o lugar de destaque que a pessoa já ocupava enquanto consumidor, elevando-a nesta era onde deambulamos entre o físico e o digital, a um lugar cimeiro, quase de acesso direto, enquanto persona. Assim, os criadores, as marcas, a indústria, os distribuidores, todos sentiram a necessidade premente de conhecer melhor o seu público-alvo, por forma a melhor responderem às suas necessidades, às suas preocupações e às suas aspirações.

Na indústria da moda, estes consumidores já não procuram apenas uma simples peça de vestuário. Estão igualmente ou mesmo antes de mais, interessados em adquirir uma experiência, envolta numa história. Num mundo saturado pela oferta, querem-se experiências memoráveis, procuram-se propostas de valor que nos acrescentem ao invés de apenas nos preencherem.

Estes consumidores nativos do digital estão ávidos em obter e comparar informação. Rastrear o que adquirimos desde a matéria-prima, à confeção, à distribuição, tudo é hoje acessível através de um código QR. Continuamos a querer, queremos mais depressa, mas também queremos que as nossas escolhas e compras tenham o menor impacto possível no Planeta.

Portugal, com uma tradição inigualável na indústria do têxtil e do vestuário, tem vindo a acomodar (entenda-se, a desenvolver e operacionalizar), nos anos mais recentes projetos de sensibilização face ao consumo sustentável transversais ao ecossistema de moda, extensíveis e inclusivos da indústria têxtil, criadores, consumidores, em suma, de e para a sociedade em geral.

Alguns destes projetos e instituições são:

• Green Circle
• iTechStyle Showcase® – Textile Innovation and Business Platform

 (ambos parceria Citeve e Associação Seletiva Moda)

• Manifesto Moda
• ModaPortugal (Cenit)

• publicações setoriais como testemunho de narrativas à volta da sustentabilidade.

O tema transversal da mais recente publicação da ATP “The Green Wave from Portugal” (produzida pela Manifesto Moda e lançada na Modtissimo em Fevereiro deste ano), atravessa variadas possibilidades de adoção de um estilo de vida mais sustentável, a partir das zonas urbanas.

A inovação urbana, enquanto comportamento, é um legado que caberá às gerações mais novas gerir melhor – smart cities for smart citizens!

Com uma imagética focada num estilo de vida urbano, as narrativas de moda são encenadas em hortas urbanas e no Parque das Nações, com a ponte Vasco da Gama como pano de fundo, representando os desafios da mobilidade, característicos dos grandes aglomerados urbanos.

“A combinação da nanotecnologia, eletrónica, inteligência artificial e novos materiais abre o espectro a novas possibilidades a nível do têxtil e do vestuário. Se a este espetro acrescentarmos soluções mais sustentáveis, aproximamo-nos da era dos têxteis inteligentes, capazes de interagir tanto com as pessoas como com o meio ambiente.

Com respeito pelo outro e pelo planeta. Com o conforto como uma segunda pele.”

White Soul pag.87

ATP