Muitas vezes uma marca nasce de um momento de empreendedorismo, ancorado numa paixão antiga. Mas, materializando-se, é indissociável da necessidade de gerar vendas, logo, lucro. 

De forma empírica, constrói-se uma forma trabalhar, de operacionalizar tarefas, numa “dança” entre a gestão do tempo, dos ganhos e do desenvolvimento e confeção ou produção de produtos.

Organização e atenção constantes são características internas, as quais permitem à marca antecipar e evitar problemas. Auxiliadas por processos administrativos seguros, os quais deverão conduzir o quotidiano de uma marca, permitindo-lhe navegar com maior tranquilidade os variados cenários externos. 

Mas, e quando falamos do produto? As marcas devem, obviamente, ter o mesmo cuidado.

Importa então refletir acerca das seguintes questões: como projetamos as nossas coleções? como preparamos as nossas ideias? como planeamos os processos? E, mais importante ainda, para quem fazemos os nossos produtos?

Assim, devemos ter sempre em mente algumas questões, como se de um mantra se tratassem: para quem criamos, para quem vendemos e porque é que o mercado precisa de nós enquanto marca?

A este propósito no semestre passado lecionei para a escola Modatex os módulos “Planeamento e Desenvolvimento de uma Coleção de Moda” e “Cadeia de Abastecimento”.

^{Formação online Modatex acerca de “Planeamento e Desenvolvimento de uma Coleção de Moda” e “Cadeia de Abastecimento na Moda”}

O desafio é o de dotar os formandos e empreendedores com marca com um pensamento crítico que lhes permita mapear, agilizar e navegar as diferentes etapas tanto da cadeia de valor como da cadeia de abastecimento na moda. Para tal, facilitamos duas abordagens, seja a componente metodológica lecionada, seja a componente prática, ilustrada através de casos práticos de pesquisa de tendências, materiais e produção realizados in situ.

Importa pensar o real significado da palavra “processo” de design (com início, meio e fim) como ferramenta para o desenvolvimento de marcas nas áreas de pesquisa, agregando valor também às áreas de comunicação e do marketing, no seu todo.

 

Portanto, planear, criar estratégias e sistematizar processos fazem parte de um trabalho que deve estar em continuo modo beta nas nossas marcas. Evitará, seguramente, erros nos produtos, nos processos e nas vendas. Nunca é demais relembrar que menos erros é sinónimo de mais vendas. 

A sugestão é ilustrar esse “processo de design” através da adoção da Metodologia da Pirâmide. Segundo esta metodologia, com a implementação das três etapas 10%, 30% e 60% organiza-se a forma de pesquisar, criar e manusear materiais, sejam estes matérias-primas ou produtos acabados. 

Esta adoção facilitará, seguramente, a gestão de informações, aprendizagens e resultados de produção e vendas.  

Para conheceres cada etapa da Metodologia da Pirâmide fica atenta à parte II deste artigo, ao qual poderás aceder aqui.

Este artigo foi também publicado como artigo de opinião na revista LuxWoman podendo consultá-lo aqui.