Os teares pelos quais se tecem marcas de moda (@LuxWoman)

Turismo Industrial de Moda – oportunidades inusitadas em Portugal (@LuxWoman)
As marcas de moda nacionais – de onde vêm e para onde vão no caminho da promoção, do financiamento e da internacionalização (@LuxWoman)
Turismo Industrial de Moda – oportunidades inusitadas em Portugal (@LuxWoman)
As marcas de moda nacionais – de onde vêm e para onde vão no caminho da promoção, do financiamento e da internacionalização (@LuxWoman)

Uma ode às artes manuais tradicionais portuguesas.

Em nome da manutenção de um património cultural imaterial são vários os artesãos nacionais que têm abraçado colaborações com marcas da fileira moda. Preservar técnicas e saberes autóctones antigos e traze-los agora junto de novos públicos é uma oportunidade para a manutenção, regeneração e até modernização que tradições seculares e sustentadoras de hábitos e patrimónios justamente reclamam e merecem. 

Falar de Fernando Rei, residente em Aboim da Nóbrega (Vila Verde, Braga) é sinónimo de falar das mãos que criaram a mais recente tecelagem manual para a Gunta, aquele modelo de mala de mão must-have, nesta despedida, de verão da marca Ownever.

Em 2020, Fernando Rei teceu também cinco padrões para a marca nacional de calçado Josefinas.

Bailarinas Weaving Couture, da Josefinas ©Josefinas

No ano anterior fê-lo para a marca de luxo Christian Louboutin.

Mala Portugaba, da Christian Louboutin ©Louboutin

A manta Alentejana, tecida nos teares da Fábrica Alentejana de Lanifícios, situada em Reguengos de Monsaraz, chega-nos de forma criativa e em jeito de casaco wish list para este Invernono modelo Selenite, da marca Benedita Formosinho. 

Casaco Selenite e pormenor da manta alentejana aplcado nas mangas, da Benedita Formosinho ©Benedita Formosinho

Quando um designer se une a um tecelão, dessa simbiose nasce uma parceria vencedora. 

Do lado da marca de moda, esta enobrece o seu produto, a sua oferta e o seu posicionamento perante um mercado internacional e um cliente cada vez mais sedento de transparência, rastreabilidade e storytelling, esse último fenómeno que aspiracionalmente transporta os clientes a estados mais puros e transcendentais de pertença, mas, também, exclusividade. Para as artes da tecelagem, acontece a possibilidade de manutenção, de até modernização e reinvenção estética da aplicação da mesma, permitindo, em última análise, Inovação, num casamento entre o passado e o futuro, na celebração da criação presente. 

Outros exemplos de marcas nacionais que recorrem a tecelões nacionais para a integração de têxtil tecido de forma manual e tradicional nas suas criações disponíveis no artigo completo que tive oportunidade de escrever para a LuxWoman e que poderá ler na integra aqui.

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